Yanomamis vivem estado de urgência sanitária!
Garimpo ilegal, falta de equipes médicas e atendimento foram denunciadas por anos, mas igoradas por um governo genocida.
Nos últimos quatro anos, as mortes de crianças yanomamis – por causas que poderiam ter sido evitadas – aumentaram quase 30%; mais de 500 foram vítimas da falta de atendimento básico. Esse é apenas mais um sintoma do ataque violento aos direitos dos povos originários. E não foi por falta de alerta.
Boa parte dos brasileiros já se depararam com imagens de indígenas em estado de desnutrição, que chamam a atenção do país para uma causa extremamente urgente: há anos, lideranças Yanomami denunciam que, no território da comunidade Homoshi, garimpeiros abriram uma cratera que ameaça engolir um único posto de atendimento médico da região, que concentra cerca de 600 pessoas sem acesso ao serviço público de Saúde.
A falta de assistência em saúde levou à proliferação de doenças como a malária, que teve 11 mil casos registrados no ano passado – num território com cerca de 30 mil habitantes. Diante da situação, o governo federal decretou emergência em saúde pública na terra Yanomami.
A circunstância pede uma articulação multissetorial, sobretudo de setores públicos, mas não só; empresas, organizações e sociedade civil organizada também podem somar nesse fronte. Indicamos algumas alternativas. Saiba como ajudar:
• População e empresa, se puder, doem:
• Procurem organizações ligadas aos direitos indígenas:
O ISA (Instituto Socioambiental) recomenda a doação direto para o Hutukara.
• Procurem organizações ligadas aos direitos indígenas
• População pode somar na linha de frente
Seja uma pessoa voluntária.
O Ministério da Saúde abriu um formulário para inscrição de profissionais de saúde, voluntários que prestarão atendimento direto aos pacientes localizados na Casa de Saúde Indígenas (Casai) Yanomami e no Hospital de campanha do Exército.