Estamos à beira de um apagão científico?

O cenário desanimador da ciência no Brasil vem gerando consequências de longo prazo, já que muitos pesquisadores optam pelo autoexílio em busca de melhores condições de trabalho.


Na última quarta-feira, milhares de alunos, pais e professores foram às ruas contra o contingenciamento de repasses destinados às universidades federais e programas de pesquisa.

Apesar de já termos comentado sobre a situação da educação no país, o tema de hoje não poderia ser outro. Por isso escolhemos a VALORIZAÇÃO DA PESQUISA CIENTÍFICA como #CausaDaSemana.

As manifestações foram uma reação aos cortes nos investimentos em instituições de ensino superior, o que também provocou o congelamento de diversos auxílios à pesquisa da CAPES, fundação responsável pela expansão da área de pós-graduação no país.

Apesar de voltar atrás e desbloquear o pagamento de algumas bolsas após a má repercussão da decisão, o governo ainda mantém cerca de 3.500 bolsas suspensas por tempo indeterminado.

O podcast Durma com Essa, do Nexo, explica o mecanismo de distribuição dos benefícios e algumas das consequências de seu congelamento.

O cenário desanimador da ciência no Brasil vem gerando consequências de longo prazo, já que muitos pesquisadores optam pelo autoexílio em busca de melhores condições de trabalho.

Mas as consequências não ficam apenas na “fuga de cérebros”. A suspensão do benefício deve ter efeitos imediatos e afetar o andamento de pesquisas importantes em temas como o câncer, dengue e HIV e pode resultar em um “apagão científico”.

Em meio a uma onda de decisões mal explicadas, falta às autoridades ouvir o recado das ruas. Reduzir o investimento em educação é colocar em risco o desenvolvimento do país.


Compartilhe:

Linkedin Facebook Whatsapp