
Um caso de violência chamou atenção esta semana.
Maria Tuca Santiago, administradora da página do Facebook “Mulheres Unidas Contra Bolsonaro”, foi agredida no Rio de Janeiro. Dois homens armados a esperavam na porta de sua casa na noite da segunda-feira, 24. Um acertou um soco em seu olho e o outro deu uma coronhada em sua cabeça. Eles fugiram em um táxi, levando o celular da vítima.
A uma semana de uma eleição polarizada, a Causa da Semana é a Defesa dos Direitos Democráticos.
À agressão sofrida por Maria Tuca, somam-se outros episódios indefensáveis ao longo do ano, como o atentado sofrido pelo candidato Jair Bolsonaro no começo do mês, o ataque contra ônibus da caravana do ex-presidente Lula e o assassinato de Marielle Franco, ambos já comentados por nós.
Num país em que episódios como esses acontecem num intervalo de menos de 1 ano, há algo de errado com a ordem social.
Em entrevista para a revista Época, o professor de Standford Larry Diamond afirmou que “os valores das instituições democráticas liberais e do estado de direito não podem ser dados como garantidos. Difundi-los é uma incumbência dos líderes de diferentes setores da sociedade”.
Precisamos nos unir como país e defender os pontos que estruturam a nossa democracia. Só assim vamos emergir dessas eleições prontos para caminhar rumo a um futuro menos extremista.
Sobre uma coisa, no entanto, não pode pairar dúvidas. Episódios como a apologia à tortura feita pelo vereador Carlos Bolsonaro esta semana são completamente inaceitáveis.
Quando a violência irrompe em sua forma física, como nos casos de Maria Tuca, Jair Bolsonaro, Lula e Marielle, a situação já está fora de controle. Mas não custa lembrar que os pequenos episódios de naturalização da barbárie, como o demonstrado por Carlos Bolsonaro, são o início de tudo.