Mercados de carbono: O que são?
Mecanismos de mercado que permitem que empresas, organizações e indivíduos compensem as suas emissões de gases de efeito estufa (GEE);
A ideia é transmitir o custo social das emissões para os agentes emissores, ajudando a conter o aquecimento global e as mudanças climáticas.
O Acordo de Paris
Assinado por 195 países , o acordo tem o objetivo de conter o aumento do aquecimento global e prevê metas para redução da emissão de gases estufa.
A grande meta do acordo é limitar o aumento da temperatura do planeta abaixo de 2ºC em relação aos níveis pré-industriais.
Cada país estipulou uma meta; o Brasil comprometeu-se a reduzir até 2025 suas emissões de gases de efeito estufa em até 37%.
Existem duas Modalidades do mercado de carbono:
1- VOLUNTÁRIO
2- REGULADO
Quem é o Brasil na fila do mercado de carbono?
No Brasil, hoje trabalha-se com o mercado de carbono voluntário. Contudo, após 3 anos de discussão no Congresso, o Governo apresentou proposta com expectativa de que finalmente seja aprovada.
Principais características:
“Cap-and-trade”: no Brasil, como na Europa, ativos de carbono são valores mobiliários pela CVM, o que permite a criação de novos produtos financeiros;
Será criado o Órgão regulador “Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões”, que definirá setores sujeitos a limites e distribuirá permissões;
Setores poluentes como siderurgia, cimento e petroquímica podem ser alvos, mas é algo ainda a ser definido na regulamentação da lei;
A regulamentação pode levar até 2 anos; nos primeiros anos, serão capturados só relatórios de emissões.
As Cotas de Emissões Brasileiras
Cada uma das autorizações de emissão, chamadas de Cotas Brasileiras de Emissões (CBE), equivale a uma tonelada de CO2. Se a companhia emitir mais que as CBEs que tem em mãos, precisa ir ao mercado adquirir Certificados de Redução ou Remoções Verificadas de Emissões para fechar a conta. A empresa que emitir menos do que tinha direito pode vender o excedente para outras que estejam com saldo negativo.
Risco de “INFLAÇÃO CLIMÁTICA” muito menor
Existe uma “inflação climática” que terá que ser paga pela sociedade, mas que, se tudo for feito corretamente, será menor do que a provocada pelos impactos do aquecimento global.
DEVO ESPERAR A REGULAMENTAÇÃO?
Empresas que se adaptarem primeiro, terão vantagens competitivas, reduzindo riscos e potencializando ganhos.
Projetos que visem a redução ou compensação de emissões de CO2, além de gerarem uma reputação positiva perante vários stakeholders, podem representar, muito em breve, ganhos econômicos concretos.