Conheça a história da causa que levou 3 milhões às ruas de São Paulo
Em sua 21ª edição, Parada do Orgulho LGBT lotou a Avenida Paulista no último fim de semana.
O último fim de semana foi de festa e mobilização para cerca de 3 milhões de pessoas que participaram da 21ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, de acordo com dados da organização.
O evento, que reuniu 2 mil pessoas em sua primeira edição, em 1997, é hoje um dos maiores do gênero mundo – e já é cotado para virar patrimônio imaterial de São Paulo.
Você sabe por que a Parada sempre acontece no mês de junho?
O período foi escolhido como referência às Revoltas de Stonewall, ocorridas em junho de 1969 nos Estados Unidos contra as políticas que oprimiam as populações lésbica, gay, bissexual e travesti. Um ano depois, o país foi palco das primeiras Paradas LGBT, que depois ganharam o mundo.
Para celebrar esse período, reunimos algumas das principais iniciativas relacionadas ao tema nos últimos dias e bons exemplos de marcas e organizações que têm se posicionado.
A cidade de Madri começou o mês celebrando a diversidade a partir de suas ruas: foram instalados 288 novos semáforos retratando casais homossexuais e mulheres. De acordo com a prefeita Manuela Carmena, o objetivo da ação é “refletir a diversidade da cidade”.
Junho também foi o mês do aniversário de um ano do ataque à boate gay Pulse, em Orlando, nos Estados Unidos, que deixou 49 mortos. Em entrevista ao El País, a dominicana Maribel Mejía, que esteve no local algumas horas antes dos disparos, falou sobre a forma como o massacre afetou a cidade e sua relação com a comunidade LGBT: “Somos mais aceitos. Mais gente saiu do armário”.
Para celebrar a Parada de São Paulo, diversas marcas e organizações criaram campanhas para apoiar a causa. Foi o caso da PepsiCo, que trouxe ao país os Doritos Rainbow, versão colorida do salgadinho, com uma proposta que ia além da embalagem: o produto não está à venda. Quem quiser adquirir uma embalagem do salgadinho deve fazer uma doação de R$20,00 pelo site www.doritos.com.br. Todo o dinheiro arrecadado irá para a Casa 1, local de acolhimento e centro cultural em São Paulo para pessoas LGBT que foram expulsas de casa.
A marca Skol patrocinou a 21ª edição da Parada e lançou versão especial de sua latinha. Parte da venda também será revertida para a Casa 1.
Mais do que ações de marketing, iniciativas como essas demonstram um interesse das empresas em tratar a diversidade como algo estratégico. Um reflexo disso é a mudança no posicionamento dentro de algumas companhias. Organizações como AMBEV, o escritório Mattos Filho e a P&G adotam políticas de RH para dar visibilidade à causa.
Ainda há muito a avançar quando o assunto é diversidade num país onde a discriminação ainda é comum. Só em São Paulo, 465 pessoas reportaram ataques homofóbicos à polícia nos últimos dez anos. Indicadores como esse demonstram como é importante não apenas falar – mas criar ações concretas e estratégicas – para disseminar a tolerância.
Marcas e organizações também manifestaram apoio à causa LGBT
Equinox: Seis letras nunca serão suficientes
A rede de academias americana Equinox se uniu ao Centro Comunitário para Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais da cidade de Nova Iorque para mostrar vinte e seis maneiras de compartilhar quem você é e como você ama . Porque todas as vozes merecem ser ouvidas. Confira o alfabeto LGBT.
Avon: Toda forma de amor
No Dia dos Namorados, para deixar claro que toda forma de amor é válida, a Avon, em uma ação com a ativista LGBT e criadora do Canal das Bee – canal do YouTube que trata de questões ligadas a essa causa – Jéssica Tauane, mostrou a celebração do casamento da Rebeca com a Amanda. Veja as melhores cenas.
Netflix: Seja aquilo que te representa
A Netflix, que sempre manifestou seu apoio em relação à causa LGBT, divulgou um vídeo compilando diferentes momentos de suas séries para mostrar as várias formas de se ter orgulho de ser quem é: “Seja o que você quiser. Seja tudo aquilo que te representa”.