Como impedir que o ESG se torne um novo greenwashing?
O aumento das discussões acerca do ESG (sigla para práticas ambientais, sociais e governança, em tradução) tem influenciado as empresas a assumirem compromissos socioambientais. No entanto, para que esse posicionamento não seja superficial, é necessário que haja coerência entre as estratégias e as práticas de negócio.
Esses são pontos que precisam ter uma sinergia e conversar entre si, caso contrário, a probabilidade de surgirem problemas reputacionais é alta, e a cia corre o risco de cair no “greenwashing” – ou seja, uma maquiagem verde para propagandear um falso pacto com a sustentabilidade corporativa.
Impedir que o ESG se torne um novo Greenwashing, perdendo seu potencial transformador, é sem dúvidas um dos maiores desafios da atualidade. Nesse sentido, a CAUSE orienta em 4 passos como evitar esse tipo de atitude, considerando – além da visão de nossos estrategistas – contribuições que o alemão Kim Schumacher, especialista em ESG e consultor do Ministério do Ambiente, Clima e Desenvolvimento Sustentável de Luxemburgo, fez em artigo publicado na revista “Responsible Investidor”.
Explicando o greenwashing
É quando uma empresa utiliza os fundamentos do ESG apenas como um chamariz para atrair investimentos ou ganhos de imagem – ou seja, a companhia se associa a atributos de responsabilidade ambiental, social e de governança, mas não incorpora a agenda ESG em suas operações. Veja 5 passos para evitar cair ou receber essa classificação:
1º PASSO
Faça um diagnóstico das competências existentes hoje na sua organização, para entender o que pode ser incorporado, através de treinamentos e especializações, e o que precisa ser recrutado e o que pode ser adquirido junto a parceiros externos, como consultorias especializadas.
Fonte: Kim Schumacher, 2020, para a revista Responsible Investidor
2º PASSO
Apesar de necessários, certificados ou programas curtos de liderança não substituem o conhecimento técnico acumulado por experiência e/ou anos de pesquisa científica sobre questões ESG. Portanto, é fundamental que organizações criem equipes que equilibrem tanto o saber teórico quanto o prático relativos a ESG.
Fonte: Kim Schumacher, 2020, para a revista Responsible Investidor
3º PASSO
Nem todas as organizações têm recursos para construir departamentos ESG. Nesses casos, é importante incorporar indicadores relativos às questões ESG, desenvolvidos por instituições relevantes, no centro da tomada de decisão das empresas. É uma alternativa para complementar as capacidades internas da organização, por vias mais acessíveis.
4º PASSO
Oficialmente, no Brasil, não há uma entidade que ateste práticas ESG, mas existem algumas formas de avaliar o desempenho ESG das organizações, como as plataformas Sistema B, SASB, TCFD, MSCI ESG. Outro caminho é o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da Bolsa de Valores, que avalia as cotações dos ativos de empresas pelo seu comprometimento com a sustentabilidade.
A Cause é uma consultoria especializada na gestão de causas, via estratégias de comunicação, engajamento e advocacy; trabalho que visa o aumento do desempenho ESG. Entre em contato conosco no email causeaqui@cause.net.br