4 lições sobre o futuro da responsabilidade social de 3 grandes varejistas dos EUA

(Crédito: Jim McIngvale: Michael Paulsen, Staff; Dave Schneider: Reprodução; Marc Brown: Reprodução/Twitter)
Responsabilidade social é uma preocupação antiga, que já virou premissa em empresas de todos os portes. Aplicar essas práticas no dia a dia de uma organização, no entanto, pode ser uma tarefa delicada.
Em tempos em que as reações das redes sociais a qualquer posicionamento são no mínimo fervorosas, a atenção precisa ser redobrada.
Nesta segunda-feira (15), três figurões do mundo dos negócios debateram sobre esse desafio na NRF Retail’s Big Show, em Nova York.
Marc Brown, vice-presidente da cadeia de móveis e decoração The Home Depot, Dave Schneider, vice-presidente da marca de calçados Red Wing Shoe Company e Jim “Mack” McIngvale, fundador da rede de móveis sustentáveis Gallery Furniture, deram dicas sobre como aplicar a responsabilidade social nos dias de hoje.
A CAUSE estava lá para conferir! Veja as dicas:
1) Encontre valores autênticos
Responsabilidade social é sobre fazer a coisa certa – mas certas segundo quem? A resposta está no propósito da organização, no que ela faz de melhor.
A premissa pode parecer simples – e é –, mas parte da visão realista segundo a qual é difícil resolver os grandes problemas da sociedade (mas é possível contribuir com parte da solução).
Ao reconhecer que não tem a resposta mágica para tudo, uma organização consegue encontrar e cultivar valores autênticos, dificilmente questionáveis, por serem suas fortalezas.
É mais fácil entender a lógica a partir do exemplo da Red Wing Shoe. conta que o caminho encontrado por sua empresa integridade, comunidade e excelência são os valores da Red Wing Shoe, acompanham seus processos do dia-a-dia mas também são reforçados em ações como a capacitação de moradores de rua.
2) Mais do que falar, faça!
Mais do que ter valores sólidos, a organização precisa colocá-los em prática, reforçá-los.
Na Red Wing Show, onde os valores são integridade, comunidade e excelência, há um programa de capacitação para moradores de rua das cidades onde há lojas. “Foi a forma que encontramos para fazer nosso discurso se aplicar ao dia a dia”, disse Schneider.
Marc Brown, que reforça a crença da Home Depot no poder da comunidade, também exemplifica: “Não podemos ser locais se não tivermos contato com a nossa comunidade. É por isso que, ao repensarmos nosso propósito, começamos nosso programa de revitalização de casas de veteranos de guerra.”
3) Não caia na tentação oportunista
Envolver-se com causas sociais e ambientais é importante, ainda mais em um momento em que a sociedade se mostra verdadeiramente questionadora.
É esse o ambiente em que qualquer sinal de oportunismo é veementemente rejeitado.
Para Schneider, uma organização só deve entrar num debate público se suas lideranças, de fato, forem um exemplo a ser seguido. “Responsabilidade social tem que começar no topo da organização”, diz ele. “Os bons líderes são aqueles capazes de guiar pelo exemplo, e não somente pelo discurso.”
4) Proporcione a sensação de pertencimento às pessoas
Num momento em que a tecnologia parece estar substituindo todo e qualquer tipo de interação, Mack, da Gallery Furniture, chama a atenção para a necessidade de se sentir incluído.
No fim das contas, segundo ele, as pessoas se engajam a partir de experiências, a vivência real do dia a dia.
“Todo mundo quer se sentir parte de algo maior”, ele. “Qualquer companhia que consegue gerar pertencimento nas pessoas tem mais chance de fazer suas ações de responsabilidade social surtirem efeito.”